Não há fronteiras para o esporte: a carreira de Gabriela Silva

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(Imagens cedidas por Gabriela Silva / Arquivo pessoal)

Nascida em 19 de julho de 1993, a juiz-forana Gabriela Silva, que atua como oposta está com as malas prontas para atuar no CV Kiele Socuéllamos, equipe espanhola que disputa a Liga Iberdrola Voleibol.

Com 26 anos recém completados, esse é mais um desafio que Gabriela vai encarar, após ter atuado pelo Volley Lugano, da Suíça, em sua última temporada.

“Estou vivendo o melhor momento da minha carreira, já que estou ganhando experiência internacional e tendo mais visibilidade para além do meu país”

Muita experiência na bagagem

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(Imagens cedidas por Gabriela Silva / Arquivo pessoal)

Com um currículo de dar inveja, a oposta que nasceu e começou sua carreira em Juiz de Fora – MG, já passou por Americana – SP, São José dos, Campos – SP, Cascavel – PR, Chapecó – SC, Itabirito – MG, Maringá – PR, Brusque – SC, CEFA/Marau- RS, Villa Dora ARG e Volley Lugano – SUI, antes de ser contratada pelo Volei KIELE – ESP.

Suas principais conquistas foram o Campeonato Mineiro Adulto pelo Itabirito – MG, CampeONATO Paranaense Adulto – Maringá – PR, Campeonato Gaúcho Adulto pelo CEFA/Marau – RS, Vice-campeonato Catarinense Adulto pelo Chapecó – SC, 3º Lugar da SuperLiga B pelo Brusque – SC e 3º Lugar da Liga Argentina pela equipe do Villa Dora.

Após mais de 10 clubes em sua carreira, Gabriela Silva destaca a importância do esporte para sua vida como parte de um processo que vai além de conquistar experiência e crescer como atleta:

“O que mais motiva é o que voleibol pode proporcionar pra um atleta e tem me proporcionado a cada dia, nunca imaginei que um dia estaria conhecendo outros países e podendo aprender outros idiomas, no caso eu não teria essa condição caso não fosse atleta”

Entretanto, a jogadora do Volei KIELE – ESP comenta também sobre os sacrifícios de se viver do esporte, seja no cenário nacional ou no internacional.

“É muito complicado, porque você nunca sabe o que pode acontecer, hoje você tem um clube e amanhã tudo pode mudar, quando uma temporada acaba e ainda não temos propostas é muito difícil, porque no mercado temos muitas atletas boas e os times estão sempre atrás das melhores”

Além disso, Gabriela aponta a saudade como principal desafio para a carreira de uma atleta profissional.

“Acho que o pior é sempre estar longe de casa, da família, dos amigos, perdendo datas importantes, às vezes a gente perde ou passa por algum momento difícil durante a temporada e tudo que precisamos é a nossa casa, então esse é pior”

Novos desafios e alta expectativa

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Após um tempo em Juiz de Fora, onde aproveitou para passar um tempo com a família e amigos, Gabriela aproveitou ainda para jogar alguns campeonatos de voleibol amador pelo Univôlei, onde conquistou dentre outros campeonatos a 4ª Copa Barbacena.

Perto de embarcar para sua próxima temporada, a oposta Gabriela, que já é esperada com muita expectativa por parte da torcida do Volei KIELE, se diz pronta para esse novo desafio.

“Eu acho que tem tudo pra dar certo, já que a Liga Iberdrola é muito conhecida, e tem muitos brasileiros que jogam ou já jogaram por lá. Além disso, é uma cultura diferente, um idioma diferente, num país querido por muitos por ser lindo e receptivo, então eu estou muito empolgada”

Para acompanhar os resultados do Volei KIELE e o desempenho de Gabriela Silva, basta ficar ligado no site da equipe espanhola:

http://www.clubvoleibolkiele.com/?fbclid=IwAR1VGgAQSUtgGJq3Y_qKKQffKAMHTxgPs6uPIsyHpiuDk06Zt8jgA-rIA3E”

Por Gustavo Pereira

Univolei se torna referência no voleibol feminino amador

Criado em 2015, o projeto Univolei ganha força também no voleibol feminino, com a conquista de títulos e também como espaço de integração entre atletas amadoras e profissionais.

Já a equipe feminina foi criada em 2016 e segue os mesmos moldes do masculino, sendo frequente a conquista de títulos nos campeonatos em que o Univolei feminino disputa.

Vinícius Ribeiro que é um dos criadores do Univolei masculino e também do feminino destaca que essa foi uma ideia de duas ex- jogadoras de vôlei na base de Juiz de Fora, Ingrid Tagliati e Fernanda Campos e que ajudou a amadurecer a ideia.

“O projeto começou com a Ingrid e a Fernanda montando a equipe com meninas que já tinham jogado vôlei de base ou até mesmo profissional, e depois o projeto cresceu, com a participação de jogadoras dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e até São Paulo”.

Atualmente a equipe ganhou patrocinadores e atua por Juiz de Fora e região em uma mescla de atletas amadoras e profissionais que estão de férias em suas equipes.

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(Equipe feminina do Univolei é a atual campeã da 4ª Copa Barbacena, disputada nos dias 13 e 14 de julho de 2019)

A importância do voleibol local

Criado com a intenção de unir atletas e ex-atletas profissionais e amadores para disputas de campeonatos nas proximidades da região da Zona da Mata mineira, o Univolei coleciona títulos e mais títulos e é destaque em Juiz de Fora e região pelo profissionalismo da equipe, o que motiva até mesmo atletas profissionais a atuarem pela equipe em momentos de transição entre temporadas.

Exemplo disso é Jussara Silva, que na última temporada 2018/2019 atuou pelo Istres Provence Volley, clube do sul da França, e que encontrou no Univolei uma oportunidade de se manter em alto nível de competitividade enquanto não inicia a próxima temporada no exterior.

O que me motiva a jogar no Univolei é que é uma equipe bem organizada, com um treinador responsável! Univolei sempre me recebeu de braços abertos.

E o que mais me motiva a continuar jogando esses torneios amadores, é mesmo por conhecer o comprometimento do treinador e saber que eu posso contribuir com esse trabalho, e ainda manter o meu contato com a bola nesse período de férias!

A atleta destacou ainda a importância do voleibol amador para a cidade de Juiz de Fora tanto no acolhimento de atletas profissionais e amadoras, como também na formação de novas jogadoras:

Acho que o voleibol amador é super importante para cidade de Juiz de Fora, até mesmo para jovens atletas serem mais vistas e terem mais oportunidades!

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(Jussara Silva foi campeã da 4ª Copa Barbacena pelo Univolei)

Entre o Univolei e o mundo

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(Em seu período de férias, Gabi Vieira aproveita para jogar com amigas no Univolei)

Outra atleta profissional que atua pelo Univolei sempre que pode é Gabriela Vieira, de 25 anos, e que já está de malas prontas para a Espanha, onde defenderá o Voley KIELE na temporada 2019/2020.

A oposta de 1,82 m de altura tem um extenso currículo em sua carreira no voleibol, tendo atuado por Americana-SP, São José dos Campos-SP, Cascavel-PR, Chapecó-SC, Itabirito-MG, Maringá-PR, Brusque-SC, CEFA/Marau-RS, Villa Dora (ARG) e Volley Lugano (SUI).

Dentre seus principais títulos estão o Campeonato Mineiro Adulto pelo Itabirito, o
Campeonato Paranaense Adulto pelo Maringá e o Campeonato Gaúcho Adulto pelo CEFA.

No entanto, Gabi destaca que atuar pelo Univolei sempre é especial:

A maior motivação são as meninas, que são minhas amigas e estão comigo desde quando comecei a jogar, para mim, sempre será uma alegria poder estar jogando com elas.

O Univolei hoje é um time amador de referência na cidade, tem patrocínios expressivos e sempre está nos pódios dos campeonatos, com isso a equipe agrega muito aos atletas e aos campeonatos amadores da região.

A oposta do Voley KIELE destaca ainda a importância do investimento no voleibol amador que o Univolei faz na cidade de Juiz de Fora.

Juiz de Fora sempre teve atletas de qualidade e nos jogos amadores o nível sempre é alto, dando mais visibilidade e chamando atenção de outras equipes da região, assim a categoria amadora só tem a crescer.

Atletas amadoras são essenciais para o crescimento do Univolei

Presentes desde o início do projeto feminino do Univolei, a levantadora Ingrid Tagliati e a ponteira Fernanda Campos sempre que conseguem estão presentes nos campeonatos que o Univolei disputa

Ingrid começou a jogar voleibol com 9 anos e afirma que o esporte sempre fez parte de sua vida. Com isso, mesmo optando pelos estudos como profissão, encontrou no Univolei uma forma de se manter disputando campeonatos.

Estou na equipe desde o início do projeto! Permaneço nele pois vejo o quanto os responsáveis se esforçam para que a equipe cresça, assim como os patrocinadores e as atletas. Construímos laços incríveis muito além das quadras!

Já Fernanda Campos ressalta que mais do que apenas disputar campeonatos de voleibol, o Univolei é uma oportunidade de fortalecer amizades:

O mais importante para mim são os reencontros de atletas e a diversão de poder jogar campeonatos com amigas que o voleibol me apresentou.

A importância do esporte amador

Ingrid salienta que em Juiz de Fora o voleibol amador é muito presente e faz a diferença.

É uma grande forma de integração, estímulo à prática de exercícios físicas, valorização do esporte como um todo. Mesmo precisando de mais apoio, o vôlei amador de Juiz de Fora conta com muitas equipes de ótimo nível e vale a pena acompanhar essa modalidade que cresce a cada campeonato!

Já Gabi Vieira, destaca que o esporte amador é uma oportunidade a mais para o desenvolvimento do voleibol regional e de novas atletas:

Juiz de Fora sempre teve atletas de qualidade e nos jogos amadores o nível sempre é alto, dando mais visibilidade e chamando atenção de outras equipes da região, assim a categoria amadora só tem a crescer.

 

Com isso, vale a pena continuar acompanhando o Univolei nas próximas competições da equipe no ano de 2019. A participação em competições da equipe é anunciada na página oficial do Facebook: Univolei JF.

Por Gustavo Pereira

Por que não as TVs de clubes no Brasil?

(Em Portugal o canal dos clubes está também na TV)

O exemplo de Portugal

Atualmente no Brasil as TVs dos clubes de futebol estão cada vez mais na moda por conterem conteúdos exclusivos da equipe, bastidores e tudo mais!!

No entanto, o exemplo português talvez seja algo a ser seguido.

Em Portugal os canais exclusivos dos clubes estão no menu de escolhas na TV por assinatura e são opções interessantes para torcedores apaixonados e que querem saber mais sobre seu time do coração!

A programação

Sobre o que assistir nos canais dedicados aos clubes, a oferta é ainda mais ampla do que é ofertado pelas “TVs de clubes” no Brasil.

Além da cobertura diária dos clubes, há ainda jornais, boletins, mesa de debates e outras opções para acompanharmos sobre as equipes.

O que achei mais interessante foi assistir ao telejornal da TV Sporting, em que o apresentador falava livremente sobre a equipe”

(Diferentemente do Brasil, em Portugal o clube tem uma cobertura jornalística integral e de fato)

Talvez os clubes fecharem algum tipo de contrato com as TVs por assinatura possa ser uma boa alternativa para ambos, o que também possibilitaria uma regularidade ainda maior na cobertura das equipes.

Além disso, jornalistas e comentaristas “clubistas” poderiam ter um espaço mais bem definido nesses locais!

Por Gustavo Pereira