Candidatos a zebra 2016/2017

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O futebol é um dos esportes mais difundidos mundialmente. Não por acaso temos ligas fortes e ricas ao redor do mundo. É impossível pensar em Alemanha, Espanha, França Inglaterra e Itália, sem lembrarmos dos chamados “grandes”, equipes que possuem um grande predomínio e sempre entram como favoritas em todas as ligas que disputam nacionalmente.

Porém um fato interessante e fascinante do futebol é o que chamamos de “zebra”. A zebra pode ser definida como uma equipe que não entra na disputa como favorita ou como umas das favoritas, mas acabam surpreendendo e batendo todas as expectativas.

No futebol, podemos dizer  que as zebras sempre estiveram presentes no futebol, mas atualmente, esse fenômeno se destaca ainda mais, devido a equipes tão poderosas, com um alto investimento financeiro e com elencos cheios de craques.

As vezes acontecem algumas máximas, como recentemente ocorreu com o Leicester City, na temporada 2015/2016, que tinha um dos menores investimentos da Premier League, mas mesmo assim conseguiu chegar à glória máxima, conquistando uma das mais fortes ligas do mundo, com incríveis 81 pontos, 10 a mais que o vice-campeão, Arsenal, com uma campanha de 23 vitórias, 12 empates e apenas 3 derrotas.

A liga inglesa é a 3 ª colocada no coeficiente da Uefa, com 68.819 pontos. O coeficiente tem por base os resultados de todos os clubes em competições europeias no ano, para distribuição de vagas nas competições do ano seguinte. A federação espanhola ocupa a 1 ª posição, 93.570 pontos e a alemã a 2 ª, 72.729 pontos.

Possíveis zebras pelo mundo

Com a temporada europeia no início, alguns times já demonstram desempenhos surpreendentes, e mesmo sendo muito cedo, podemos projetar algumas possíveis zebras em algumas das principais ligas, que podem chegar a uma vaga na Liga Europa, Champions League, ou até mesmo ser o novo Leicester City.

Premier League (Inglaterra)

Apesar da liga ter alguns dos times mais poderosos do mundo, a divisão das cotas de TV é um ingrediente a mais, que permite equipes de pequeno e médio porte montar elencos satisfatórios e até mesmo surpreender os grandes.

-Southampton: Apesar de não ter começado bem a temporada, a equipe costuma crescer frente a grandes equipes, se notabilizando por fazer partidas duras contra esses times.

A principal arma para a equipe se tornar uma zebra é o fato de ter um elenco jovem, com atletas querendo mostrar serviço, juntamente com alguns jogadores de seleção, casos de Dusan Tadic e Van Dijk. Além disso, na temporada passada os “The Saints” deixaram de fora da Liga Europa equipes como Liverpool e Chelsea.

O ponto negativo da equipe é escorregar em jogos contra equipes do mesmo nível ou inferior. Se conseguir uma maior regularidade, tem tudo para ser uma zebra.

-Tottenham Hotspurs: Apesar de ser uma equipe tradicional na Inglaterra, o Tottenham não tem muitos títulos conquistados. Na temporada 2015/2016 travou uma briga até as últimas partidas com Leicester e Arsenal pelo título inglês. Tem uma boa equipe, comandada pelo argentino Maurício Pochettino, e não perdeu nenhum dos seus principais jogadores. Além disso, se reforçou pontualmente, trazendo os volantes Victor Wanyama, Moussa Sissoko e o ponta de lança Vicent Janssen, somados a uma defesa sólida. É o único time inglês que ainda não perdeu na Premier League.

O ponto negativo é a campanha que os Spurs fazem na Champions League, com 1 vitória, 1 empate e 3 derrotas, que pode ter um reflexo negativo nos comandados de Pochettino.

Ligue 1 (França)

-Nice: Uma das maiores surpresas da temporada até aqui, o clube já teve um passado de glórias, conquistando alguns títulos. Mas passou por maus bocados, e chegou a disputar até a 3 ª divisão francesa. Após voltar a Ligue 1, repetiu campanhas médias e nunca começa as temporadas como um dos favoritos. Na atual temporada, se aproveitou da queda de rendimento do Paris Saint-Germain e comandado por Mario Balotelli e pelo brasileiro Dante, tem surpreendido. Lidera a liga francesa com 32 pontos e apenas 1 derrota em 13 jogos.

O ponto negativo é que Balotelli vem atuando muito acima do que nas últimas temporadas, e por conta disso, não sabemos até quando ele vai continuar em alta.

Bundesliga (Alemanha)

Apesar do domínio recente de Bayern Munique e Borussia Dortmund, nessa temporada algumas equipes tem conseguido fazer da Bundesliga um campeonato mais igual.

-Leipzig RB: O time mais odiado da Alemanha está encantando o mundo. Devido a política da liga alemã, em que nenhuma empresa pode ser sócia-majoritária de um clube, a Red Bull detém apenas 49% dos direitos do clube, suficiente para implantar sua filosofia de investir em jovens talentos, a exemplo do que faz em outras equipes ao redor do mundo, inclusive com uma no Brasil. Com uma campanha dos sonhos até agora, o Leipzig ainda não perdeu na Bundesliga e aposta em jovens como os zagueiros Lukas Klostermann e Willi Orban e  meio campistas Emil Forsberg, Naby Keita, Marcel Sabitzer e os atacantes Timo Werner, Youssuf Poulsen e David Selke.

O ponto negativo é que por ser um time jovem, pode acabar sentindo a pressão da Bundesliga e alguns jogadores poderão cair um pouco de rendimento.

Colônia: Outra surpresa da temporada, a pequena equipe investiu bem nas últimas janelas de transferências e tem feito uma boa Bundesliga. Alguns jogadores tem se destacado, casos do jovem goleiro Timo Horn, do defensor da seleção alemã, Jonas Héctor, do volante Marco Hoger e dos atacantes Yuya Osako e Anthony Modeste. Desde 2013, o treinador Peter Stoger aposta na empatia com o elenco para continuar a boa campanha.

O ponto negativo é que não tem muitas peças de reposição, e caso alguns dos principais atletas se machuquem, pode acabar prejudicando o desempenho da equipe.

-Hoffenheim: De uma temporada horrível, com um quase rebaixamento à segunda divisão, a uma temporada consistente. Esse grande salto se deve a um nome, Julian Nagelsmann. O jovem treinador tem apenas 29 anos, mas vive uma temporada de gente grande. Sua equipe, juntamente com o Leipzig, são as únicas que ainda não perderam na Bundesliga, apesar do Hoffenheim ocupar a 5 ª posição, com 5 vitórias e 6 empates. O zagueiro Fabian Schar, o meio campista Sebastian Rudy e os atacantes Eduardo Vargas e Adam Szalai são as principais esperanças de fazer do Hoffenheim uma zebra.

O ponto negativo é que o estilo ofensivo do jovem treinador pode acabar o traindo em algumas rodadas.

Champions League

O Leicester City continua fazendo história! Apesar do mau começo na Premier League, é evidente que o foco da equipe é na principal competição europeia. O time comandado por Claudio Ranieri conseguiu mais um feito inédito na história do clube, avançando em primeiro lugar isolado em seu grupo, com uma rodada de antecedência, na Champions League. Agora terá a chance de enfrentar um segundo lugar dentre as oito chaves.

Chape Terror

Não poderia encerrar esse texto sem falar da zebra na Sul-Americana. Essa zebra é brasileira e atende por Associação Chapecoense de Futebol ! A equipe venceu a desconfiança de muitos no Brasil e na América do Sul, e conseguiu chegar a uma inédita final de Sul-Americana. Agora enfrentará o Atlético Nacional da Colômbia na final, atual campeão da Libertadores da América. É importante lembrar que a Chape jogava a Série D em 2009 e hoje vive um momento que muitos grandes do Brasil nunca tiveram a chance de vivenciar! Boa sorte à Chape!!!

Por Gustavo Pereira

Onde estão os laterais?

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Foto retirada do site “Torcedores.com”

O futebol atualmente é um esporte muito difundido em todo mundo. Se fizermos uma pesquisa rápida, buscando associar o esporte a um jogador, a provável resposta de praticamente todos os entrevistados seria um atacante goleador ou meio-campista habilidoso. Cada vez mais aparecem craques que se destacam com dribles desconcertantes, velocidade e bom chute.

Entretanto, o que poucos reparam é que uma posição em específico tem tido cada vez menos destaque, o lateral. Peça importante tanto no sistema defensivo, auxiliando os zagueiros e volantes na marcação, e ofensivo apoiando o ataque e fazendo cruzamentos em direção a área, a posição é essencial para o futebol, mas uma carência cada vez maior é evidente na posição.

E podemos observar isso de várias formas. Entre os 23 indicados ao prêmio “The Best” da Fifa, que premiará os 3 melhores jogadores da temporada 2016, nenhum deles atua como lateral. E entre os 30 indicados a “Bola de Ouro” da revista Football France, que também premiará os 3 melhores jogadores da temporada 2016, o fato se repete, com nenhum representante da posição. É importante notar que tanto o prêmio “The Best” como a “Bola de Ouro”, tem ao menos um goleiro, zagueiro, volante, meio-campista e atacante.

A Eurocopa 2016, também chamada de Copa do Mundo sem Brasil e Argentina, é um outro exemplo de que a posição carece de jogadores de destaque. Utilizando a formação 4-4-2, e consequentemente dois laterais, a Uefa divulgou os escolhidos, dentre eles Joshua Kimmich, na lateral direita, e Raphael Guerreiro, na lateral esquerda. Porém, nenhum dos dois é lateral de ofício. Kimmich atua como volante no Bayern Munique (ALE) e após a Eurocopa 2016, fez algumas partidas como lateral. Já Raphael Guerreiro, é meia esquerda de origem, e após sucesso como lateral esquerdo na seleção campeã da Euro 2016, Portugal, foi contratado pelo Borussia Dortmund, da Alemanha, junto ao Lorient, da França.

Volta do ponta de lança

Até uns anos atrás, a maior parte dos times utiliza formações com apenas 1 ou 2 atacantes. Mas como o futebol evolui cada vez mais, e é cada vez mais comum vermos atacantes “deitando e rolando” pra cima das defesas, notou-se que o sistema defensivo precisava de um maior resguardo.

A partir dessa necessidade, a volta dos ponta de lanças foram questão de adaptação. Atualmente falamos de trios de ataque, como o MSN (Barcelona-ESP) ou BBC (Real Madrid-ESP), mas a figura do ponta de lança passou por algumas mudanças. Além de jogadores agudos e insinuantes ofensivamente, esses atletas passaram a ter um papel defensivo fundamental, acompanhando as investidas ofensivas dos laterais adversários e dobrando a marcação pelos lados do campo.

Falta de referências na posição

O Brasil pode ser considerado uma exceção dentre as principais seleções do mundo no quesito lateral. Não por acaso, 3 dos 4 laterais convocados por Tite para os últimos jogos da seleção brasileira atuam nas melhores equipes do futebol mundial. Marcelo, lateral-esquerdo, é um dos pilares do Real Madrid (ESP), atual campeão da Champions League e muito bom ofensivamente, mas com algumas falhas defensivas; Daniel Alves, lateral-direito, se transferiu recentemente do Barcelona (ESP), onde ganhou tudo como titular da posição, para a Juventus, e já encontrou dificuldades na Itália, devido à menor liberdade ofensiva dada aos laterais, e maior obrigação com a marcação; Felipe Luís, lateral-esquerdo, joga pelo Atlético de Madrid (ESP) e apesar de ter um bom poder defensivo, não consegue repetir o desempenho quando vai ao ataque.

Mas usando de exemplo as maiores seleções vencedoras de Copas do Mundo, confirmamos que a posição está em baixa:

-Itália: A Azzurra, tetra campeã mundial, joga no sistema 3-5-2, abrindo mão dos laterais, devido ao bom trio defensivo formado por Bonucci, Barzagli e Chiellini. Assim, utiliza dois jogadores que atuam como alas, sem tanto compromisso de voltar até a linha da zaga. Os laterais de ofício da seleção são Matteo Darmian, Manchester United (ING), que amarga a reserva no clube inglês e chegou a estar fora dos planos de José Mourinho, Mattia De Sciglio e Ignazio Abate, que atuam pelo Milan (ITA), clube que está em má fase há um bom tempo.

-Alemanha: Atual campeã da Copa do Mundo no Brasil em 2014, os alemães também sofrem com a falta de bons laterais. Na campanha em que foram campeões do mundo, a seleção contava com Kevin  Grosskreutz que era reserva no Borussia Dortmund (ALE), Erik Durm, reserva de Marcel Schmelzer (que se lesionou próximo a competição), Benedict Howedes, que era lateral titular no Schalke 04 e Phillip Lahm, que atuava como titular absoluto do Bayern Munique (ALE), mas que atualmente se reveza entre a lateral e volante.

Em 2016, a lateral-direita foi ocupada pelo volante do Bayern Munique (ALE), Joshua Kimmich, e a esquerda por Jonas Hector do Colônia (ALE).

-Argentina: A atual vice-campeã mundial conta em seu plantel atual com Pablo Zabaleta, Manchester City (ING), na lateral-direita e Emmanuel Más, que joga pelo San Lorenzo (ARG).

Raio-X da posição

Poucas são as promessas nas laterais, dentre os possíveis candidatos a bons laterais no futuro podemos destacar:

-o croata Sime Vrsaljko, que atua pela lateral direita e como zagueiro e se transferiu recentemente para o Atlético de Madrid (ESP), após boa passagem pelo Sassuolo (ITA).

-o espanhol Héctor Bellerín, que atua pelo Arsenal (ING), e já foi considerado um dos jogadores mais velozes do mundo. Tem conseguido boas atuações quando tem oportunidades.

-o alemão Felix Passlack, que atua pelo Borussia Dortmund (ALE), e é considerado uma das principais jóias a ser lapidada pelo clube alemão. O versátil jogador é muito rápido e fez sua estréia em Champions League na goleada de 8-4 contra o Légia Varsóvia. Ele pode jogar também como meia e ponta direita.

-o espanhol José Luís Gayà, que joga pelo Valencia (ESP), passou por todas as seleções de base espanholas e é mais um atleta com bom potencial de crescimento.

Panorama Brasileiro

O Brasil segue como exceção, possuindo alguns bons nomes para a posição e que podem ser os futuros melhores laterais do mundo.

-Douglas Santos: Fez uma excelente temporada pelo Atlético-MG e se transferiu para o Hamburgo (ALE). Bom marcador e equilibrado nas investidas ofensivas, foi o titular da lateral esquerda da seleção olímpica.

-Zeca: Também titular na seleção olímpica, mas na lateral direita, é um lateral que apóia com muito afinco, mas com um pouco de dificuldade defensiva. Atua como titular pelo Santos.

-Jorge: Titular do Flamengo, o jovem lateral esquerdo é considerado a maior promessa do clube nos últimos anos. Já recebeu sondagens, inclusive do Manchester City e o Flamengo afirmou que o atleta não sai por menos de 35 milhões de reais.

Wendell: Atleta do Bayer Leverkusen (ALE), foi cogitado para compor o elenco da seleção brasileira olímpica, e já recebeu sondagens de grandes times da Europa. É um bom lateral tanto defensiva como ofensivamente.

Por Gustavo Pereira

 

O que acontece com a seleção da Holanda?

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Foto retirada do Uol esporte

Desde a década de 1970, o futebol holandês se acostumou a ver um futebol atrativo e que produzia grandes jogadores. Johan Cruyff e Rinus Michels são símbolos que mudaram a história do esporte na Holanda. De um país que raramente disputava competições importantes por seleções ou que tinha bons desempenhos por clubes para finais de Copa do Mundo, título de Eurocopa e ótimas participações em competições internacionais por clubes.

Porém, o vexame da seleção nas eliminatórias da Euro 2016, liga o alerta para não ficar fora de mais uma competição, a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, e assim, não repetir 1984-1986, a última vez que ficou fora de duas competições em sequência.

O ano de 2016 foi abaixo do que se espera da Holanda, que teve cinco vitórias, três empates e três derrotas. E o curioso é que os melhores resultados são jogando fora de casa. O início das eliminatórias para a Copa de 2018, apesar da segunda colocação do grupo A após quatro partidas, não é tão animador. Partidas com baixo rendimento são cada vez mais comuns, até mesmo contra a fraca seleção de Luxemburgo, que os holandeses venceram por 3×1.

A geração que teve boa participação nas Copas de 2010 e 2014 e bons momentos na Eurocopa de 2008 envelheceu. Nomes como van der Vaart, Kuyt, de Jong, Heitinga, Mathijsen e Van Persie, que tiveram espaço após a ausência dos holandeses na Copa de 2002, não fazem parte da seleção. Sobraram Robben e Sneijder, que não conseguem repetir o que já fizeram em outros anos, sobretudo o segundo. Robben ainda faz boas partidas, mas não tanto com a frequência que deveria, devido aos problemas físicos, que sempre atrapalharam sua carreira.

A renovação vem sendo complicada. Strootman, meio-campista da Roma, era um dos jogadores que poderia liderar a troca de bastão, mas teve lesões graves, que o impediram de tornar o jogador que prometia e que fez com que ficasse fora da Copa de 2014. Memphis Depay, de 22 anos, que apareceu muito bem no PSV, mas ainda tem dificuldades para mostrar o seu futebol no Manchester United é outro jogador que pode ser considerado como uma das lideranças técnicas entre os mais jovens.

Tirando Robben, nenhum jogador está entre os destaques da posição no mundo. E as últimas convocações mostram que poucos jogadores jogam em grandes equipes. Além de Robben (Bayern), Cillessen (reserva do Barcelona), Blind (Manchester United), Wijnaldum (Liverpool) e Depay (reserva do Manchester United). Muito pouco.

Outro fator que deve ser levado em conta são os técnicos. Ronald Koeman, após bom trabalho nas últimas temporadas pelo Southampton, vem bem no início de trabalho pelo Everton. Mas van Gaal, que comandou a seleção holandesa na Copa de 2014, e Frank de Boer fracassaram recentemente. O primeiro no Manchester United e o segundo na Internazionale. Guus Hiddink também fracassou, só que pela seleção após a saída de van Gaal. Desde julho de 2015 como treinador da seleção holandesa, Danny Blind, pai de Daley Blind, do Manchester United, vem tendo um aproveitamento ruim e vem sofrendo com o sistema defensivo. Até as fracas seleções de Luxemburgo, Belarus e Cazaquistão conseguiram marcar contra os comandados de Blind. Fica claro que o atual técnico não é o mais capacitado para fazer a reconstrução da Holanda.

Raio X seleção holandesa

Após uma decepcionante não classificação para disputa da Eurocopa 2016, a seleção holandesa passou por uma reformulação. Agora, nas eliminatórias tem a chance de retomar um bom futebol e conseguir uma vaga na Copa do Mundo da Rússia 2018. A equipe está no Grupo A, junto com França, Suécia, Bulgária, Belarus e Luxemburgo.

Nos 4 primeiros jogos, a equipe venceu Belarus (4×1) e Luxemburgo (3×1), empatou com a Suécia (1×1) e perdeu da França (0x1).

-Gols sofridos: Usando apenas as eliminatórias como parâmetro, em todos os jogos a seleção sofreu um gol. Porém, a equipe que já foi chamada de carrossel holandês, atualmente não demonstra mais tanto poder ofensivo.

-Geração de ouro sem títulos: Nos últimos anos, a seleção holandesa foi considerada uma das mais fortes do mundo. Uma equipe até então jovem, porém com vários destaques a nível mundial, impressionavam. Só que depois de seguidas decepções desde 2010, e principalmente após a Holanda sequer disputar a Eurocopa 2016, foi preciso ligar o alerta e reformular a equipe.

-Craques em baixa: Alguns dos grandes nomes da seleção, como Sneijder, Depay e Blind não vem de bons momentos em suas equipes, o que tira a confiança de todo o plantel quando se juntam a eles. Robben está voltando de lesão, porém é a única estrela que tem rendido por seu clube.

-Baixo número de jogadores titulares nas principais ligas: Da equipe considerada titular, Stekelenburg, Everton (ING), Van Dijk, Southampton (ING) e Robben, Bayern Munique (ALE), são os únicos dentre os que atuam nas 5 maiores ligas européias que jogam como titular. Bruma joga pelo Wolfsburg (ALE), Blind e Depay pelo Manchester United (ING), mas são reservas. Além deles, Sneijder, Galatasaray (TUR) e Bas Dost, Sporting Lisboa (POR), são outros dos destaques da equipe.

Por Bernardo Medeiros e Gustavo Pereira

O sonho que se tornou realidade

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(Foto: Kiko Halfeld)

Fundado em 15 de agosto de 1911 em Juiz de fora, o Tupynambás Futebol Clube é uma das três equipes profissionais na cidade de Juiz de Fora, além de Tupi e Sport. O Leão do Poço Rico, também conhecido como Baeta, tem um vice campeonato mineiro (1934), 28 conquistas municipais, dentre elas, 11 são do “Campeonato Citadino de Juiz de fora” e as outras 17 (dezessete) são do “Torneio Inicio da Liga de Juiz de Fora”.

Curiosidade: Por que “BAETA”?

O nome Baeta vem de uma ave símbolo da Mata Atlântica, cujo a cor de sua plumagem é vermelha, a mesma cor utilizada pelo Tupynambás.

“Ave símbolo da Mata Atlântica e uma das mais espetaculares do mundo, o tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), também conhecido como sangue-de-boi, tiê-fogo, chau-baêta e tapiranga, é uma ave sul-americana passeriforme da família Thraupidae reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha”

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O RETORNO!

A ultima participação do Leão em uma competição profissional, foi na segunda divisão do campeonato mineiro de 2007. Porém, mesmo contando com Euller “Filho do vento” no ataque, o Baeta não obteve sucesso.

Nove anos depois, agora em 2016, o Tupynambás voltou a disputar uma competição profissional, novamente a “segundona” mineira, e diferente de 2007, a equipe conseguiu o acesso de forma antecipada para a disputa da divisão de acesso para elite do futebol mineiro, o Módulo 2 de 2017.

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(Elenco 2016/ Foto: Antonio Neto)

Comandado pelo treinador Gerson Evaristo “Rei do acesso” e a experiente dupla de ataque formada por Cassiano e Ademilson, que mesmo aos 42 anos de idade, é o artilheiro da equipe e da competição com 9 gols. Além disso, Ademilson também é o atual artilheiro do Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, ultrapassando a marca de 50 gols.

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(50 º gol de Ademilson no Estádio Municipal com assistência de Cassiano/ Foto: Antonio Neto)

O Tupynambás lidera o hexagonal final da Segunda Divisão Mineira com 18 pontos em 7 rodadas. Com o acesso garantido após uma combinação de resultados na rodada passada o objetivo passa ser a conquista do título, que só depende de uma vitória na próxima rodada contra a equipe do Patrocinense em Juiz de Fora. Sagrando-se campeão, a equipe conquistará um título inédito em sua história.

E o Baeta não está tão longe desse feito. Precisa apenas vencer o CAP no próximo domingo, às 11 horas da manhã, que garantirá a conquista, já que a equipe juiz-forana tem 18 pontos e o Betinense, segundo colocado, tem 14 pontos ganhos, faltando apenas 2 rodadas para o fim do campeonato.

Impedimentos Financeiros

No início do projeto, o Tupynambás não conseguiu todas as Certidões Negativas de Débito (CNDs), e com essa falta das certidões, afetou diretamente a forma de investimento do clube, que teve de se restringir a fazer deduções, buscar verba pública federal entre outras poucas formas. Mas isso não inviabilizou a parceria que o clube conseguiu para disputa da Segunda Divisão Mineira, apenas dificultou um pouco o processo.

Raio X Tupynambás

Mesmo ainda sem grande expressão no cenário mineiro, o Baeta mostrou que é sim um time forte e que pode almejar coisas maiores em âmbito estadual.

Mas alguns fatores foram determinantes para que o sonho pudesse se tornar realidade.

-Fator Danilo: O atleta ao sair do Porto (POR) rumo ao Real Madrid (ESP), ajudou diretamente o seu primeiro clube, o Tupynambás. Isso porque na transferência, o clube teve direito a 1 % do valor da venda do lateral-direito por ser o clube formador de Danilo, o que contabilizou uma verba em torno de 1 milhão de reais aos cofres do Leão do Poço Rico.

-Fator Alberto Simão: Após dois anos no Tupi (2013 e 2014), Alberto Simão retornou ao futebol juiz forano, dessa vez como Diretor de Futebol do Tupynambás, para comandar o futebol da equipe na volta a um campeonato nacional, que começou a ser cogitada, logo após a transferência do lateral direito Danilo, do Porto de Portugal para o Real Madrid da Espanha. Foi de Alberto a responsabilidade de montar a equipe e viabilizar a disputa do Tupynambás dentro das 4 linhas.

-Fator Francisco Quirino (Chiquinho): Atual presidente do clube, após receber a verba da transferência de Danilo buscou formas para que o Baeta voltasse a disputar um campeonato profissional, após 9 anos fora. Para isso, usou a verba para pagar grande parte das dívidas do clube e tomou uma série de medidas que incentivasse os sócios e ex-sócios a participarem de forma mais ativa, e essa verba em grande parte também foi revertida no futebol do Baeta.

 

-Elenco abraçou a causa: Comandados pelo “Rei do Acesso” Gerson Evaristo, a equipe mostrou muita força e persistência para passar por cima do baixo investimento e da desconfiança. O resultado foi surpreendente, já que faltando ainda 2 rodadas para o fim do hexagonal da segundona o Baeta já está classificado para o Módulo II do Campeonato Mineiro em 2017.

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(Foto: Antonio Neto)

Por Antonio Neto e Gustavo Pereira

 

Acabou a “Neymardependência”?

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Foto retirada do site Humor Político

O Brasil é reconhecido por sempre ter grandes craques tanto atuando no futebol nacional como no futebol internacional, principalmente na Europa. Grandes jogadores da história do futebol são brasileiros, e não por acaso, o país é conhecido como país do futebol.

Se formos a qualquer país do mundo, e fizermos uma pesquisa perguntando para as pessoas se elas conhecem algum jogador brasileiro de destaque, provavelmente a resposta será “SIM”. Desde os mais antigos, que viram jogar Pelé, Garrincha, Zagallo entre tantos outros… Passando por Zico, Tostão… Depois Romário, Bebeto… E mais recentemente Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Kaká… Além do brasileiro da moda, Neymar Jr, que atua no Barcelona (ESP) e ano passado foi considerado o 3 º melhor jogador do mundo.

Mas nenhuma equipe sobrevive com apenas um jogador que se destaca. No futebol são sempre 11 contra 11, e mesmo que um jogador possua um nível muito acima dos seus companheiros, é uma tarefa muito árdua ter que carregar uma equipe ou seleção nas costas.

Alguns casos recentes nos mostra que quando uma equipe possui uma certa dependência de um jogador, dificilmente ela consegue atingir um alto nível futebolístico, até porque até o craque tem os seus dias maus.

Na Eurocopa 2016, dois casos refletem que o jogo coletivo se sobressai a jogar em função de apenas um atleta:

País de Gales- conseguiu fazer uma campanha muito consistente, chegando à semi-final da competição. Sem dúvida alguma o grande destaque da seleção é Gareth Bale, que atua pelo Real Madrid (ESP), e que fez uma excelente Eurocopa desempenhando com maestrria sua função de ponta-direita. Mas além dele, a seleção contava ainda com outros jogadores conhecidos, casos de Andy King, que foi campeão inglês pelo Leicester City (ING), de Joe Allen, que atua pelo Liverpool (ING) e de Aaron Ramsey, que atua pelo Arsenal (ING).

Portugal- atualmente, ao falarmos de Portugal, é inevitável não pensarmos em Cristiano Ronaldo, porém a equipe provou que não é mais tão dependente do craque, fruto de uma geração muito boa que está surgindo. Durante toda a competição vários jogadores dividiram o papel de protagonista com a estrela do Real Madrid (ESP). Rui Patrício (goleiro), que atua pelo Sporting Lisboa (POR) e Raphael Guerreiro (lateral-esquerdo), que atua pelo Borussia Dortmund (ALE), figuraram na seleção da Eurocopa juntamente com o craque CR7, e outros jogadores se valorizaram, casos de Renato Sanches (Bayern Munique-ALE) e André Gomes (Barcelona-ESP). Na final, CR7 se lesionou ainda no primeiro tempo, e mesmo assim a seleção portuguesa conseguiu bater de frente com a poderosa França e vencer pela primeira vez a Eurocopa com gol do atacante Éder.

Caso da Seleção Brasileira

A era Dunga, além de muitas decepções, não conseguiu fazer a seleção jogar de forma natural. E isso criou uma certa “Neymardependência”, já que na época, o craque tinha a faixa de capitão e em muitos jogos não atuava em sua posição natural, pelo lado esquerdo do campo, mas sim centralizado e com a obrigação de organizar o jogo e também de chegar ao gol adversário, acontecendo com Neymar o que por alguns anos ocorreu com Cristiano Ronaldo pela seleção portuguesa. O resultado foi desastroso, e mesmo que em números o trabalho do treinador não foi tão ruim, não foi capaz de dar à seleção brasileira uma cara de jogo coletivo.

Na Copa América a equipe não teve Neymar, que por decisão da CBF e do Barcelona poderia atuar apenas em uma das duas competições, ou Copa América ou Olimpíadas. E o que se viu foi uma seleção sem criatividade e jogando retrancada. O resultado foi uma eliminação precoce na competição.

Já nas Olimpíadas esse panorama passou a mudar um pouco. Nos primeiros jogos o treinador Rogério Micale escalou a equipe com Neymar mais centralizado, e portanto, com mais responsabilidades. Mas com atuações não tão boas do craque, e consequentemente, da sua equipe, que ainda dependia de Ney, Micale decidiu apostar no jogo coletivo.

Após dois jogos sem muito brilho, o treinador teve uma conversa com o já contratado para dirigir a seleção brasileira principal, Tite, e a conversa surtiu um efeito muito positivo, principalmente para dar uma cara coletiva à equipe e com isso a seleção olímpica conquistou o seu primeiro ouro na modalidade.

Trabalho de Tite

O principal nome dos últimos 5 jogos da seleção brasileira nas eliminatórias é Adenor Leonardo Bacchi, mais conhecido com Tite. O treinador deu outra cara à equipe desde que chegou e venceu os conquistou os últimos 15 pontos disputados. Com isso, a seleção que somava apenas 9 pontos em 6 jogos na competição, saltou para 24 em 11 jogos e lidera as eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia em 2018.

Tite não só implantou seu estilo de jogo, como fez a seleção brasileira voltar a ter um padrão tático, com os jogadores sendo exigidos nas posições onde mais rendem. Além disso o treinador convocou alguns nomes como Thiago Silva, Marcelo, que não vinham sendo chamados por Dunga, mas que são considerados um dos melhores do mundo em suas posições atualmente, e é claro, Phillipe Coutinho, que vem jogando muita bola já faz um tempo pelo Liverpool, mas apenas com Tite ganhou oportunidades na seleção, e justificou sua escolha na bola.

Fim da Neymardependência

Outra melhora para a seleção brasileira, fruto do trabalho de Tite foi uma melhor distribuição de funções entre os convocados. Vários dos jogadores falaram com a imprensa que o treinador valoriza cada atleta e mostra que ele tem importância na seleção.

Mais uma mudança do comando de Tite foi de não estabelecer um capitão fixo. Em cada jogo um atleta usa a faixa e tem o dever de comandar a equipe, o que faz com que o jogador se sinta ainda mais valorizado. Com isso, até o próprio Neymar passou a jogar mais solto e ter atuações com mais destaque.

Usando como parâmetro apenas as eliminatórias, notamos uma grande diferença entre o comando de Dunga e o de Tite:

Dunga:

6 jogos e 9 pontos conquistados

2 vitórias: Venezuela (3×1) e Peru (3×0)

3 empates: Argentina (1X1), Uruguai (2×2) e Paraguai (2×2)

1 derrota: Chile (0x2)

Tite:

5 jogos e 15 pontos conquistados

5 vitórias: Equador (3×0), Colômbia (2×1), Bolívia (5×0), Venezuela (2×0) e Argentina (3×0)

0 empates

0 derrotas

Mas esses números são ainda mais discrepantes ao analisarmos as campanhas jogo a jogo:

-Com Dunga foram 11 gols marcados e 8 gols sofridos

-Com Tite foram 15 gols marcados e apenas 1 gol sofrido

Desempenho de Neymar

Na única derrota da seleção brasileira Neymar não jogou pois estava suspenso, fato que se repetiu nos dois confrontos contra a Venezuela, que o Brasil venceu por por 3×1 com Dunga e por 2×0 com Tite e no jogo contra o Paraguai que o Brasil empatou por 2×2.

Com Dunga o craque fez 3 jogos: tomou 2 cartões amarelos e deu 1 assistência, mas não balançou as redes

Com Tite, Ney fez 4 jogos: tomou 2 cartões amarelos, deu 5 assistências e marcou 4 gols.

Jogadores de alto nível dividem peso da amarelinha com Neymar

O Brasil passa por um momento onde muitos jogadores vivem grandes momentos em seus clubes. Talvez as exceções a essa regra são justamente atletas que trabalharam com Tite no Corinthians, casos de Fágner, Gil, Paulinho e Renato Augusto, porém o treinador tem confiança nos atletas e consegue extrair deles o máximo. Exemplos disso é que Paulinho e Renato Augusto vem sendo titular na seleção de Tite e tem feito boas partidas. A exceção de Fágner, que permanece no Corinthians, os outros 3 atletas se apresentam sempre alguns dias antes do restante do elenco.

Considerando os 24 convocados, 14 atuam nas 5 principais ligas da Europa, e desses, apenas Alisson e Douglas Costa não são titulares absolutos em suas equipes. 6 jogadores atuam no Brasil, todos como titular, o trio Gil, Paulinho e Renato Augusto atua na liga chinesa e completa a lista Giuliano, que joga pelo Zenit (RUS).

Por Gustavo Pereira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Análise dos 23 concorrentes a melhor do mundo 2016

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A Fifa anunciou na última sexta-feira, 4 de novembro, os 23 candidatos a melhor jogador do mundo 2016. A premiação que antes era feita em parceria com a revista “France Football” e era batizada de Bola de Ouro, agora tem o nome de “The Best”. Uma outra novidade do prêmio é que além dos votos dos capitães e técnicos das seleções e de jornalistas, a premiação terá agora o chamado voto dos torcedores ou voto popular.

A distribuição dos votos é será a seguinte:

-50 % dos votos para capitães e técnicos das seleções

-50 % dos votos divididos entre 200 jornalistas e voto popular.

História da Bola de Ouro da Fifa

A Bola de Ouro, em francês Ballon d’Or, surgiu em 1956, quando a revista France Football passou a premiar o Futebolista do Ano. Em 1991 surgiu o prêmio de Melhor Jogador do Mundo da Fifa, mas em 2009 a Bola do Ouro e o Melhor Jogador do Mundo da Fifa se unificaram.

No período de unificação, apenas o argentino Lionel Messi, 3 vezes, e o português Cristiano Ronaldo, 2 vezes, conseguiram vencer o prêmio.

Porém, devido a um rompimento entre Fifa e a revista France Football, em 2016 cada um terá a sua premiação individual, com o da Fifa intitulado The Best e com o France Football chamado Ballon d’Or ou Bola de Ouro.

Prêmio The Best da Fifa

A votação iniciou ontem, 4 de novembro, na internet e se encerrará no dia 22 de novembro. No dia 2 de dezembro será anunciado os 3 candidatos a The Best. Além disso, 10 técnicos do futebol masculino, 10 do futebol feminino e 10 jogadoras de futebol feminino concorrem a um prêmio de melhor do mundo.

Ao todo serão entregues 8 troféus, além dos 4 de melhor do mundo, haverá também disputa do time ideal, dos 11 melhores do mundo, por posição, o Prêmio Puskas, que premia o gol mais bonito do ano, o Prêmio Fair Play e mais uma novidade, o Fã Award (Prêmio do Fã), onde especialistas escolherão momentos marcantes das torcidas pelo mundo e ocorrerá uma votação para definir as melhores torcidas do mundo.

Raio-X Candidatos a The Best

Alguns nomes já são unanimidades em praticamente todos os anos, são eles Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, pois há muito tempo vem fazendo temporadas sensacionais e podemos falar que estão um degrau acima dos outros jogadores. Não por acaso, são os dois favoritos a conquistar o prêmio.

Supremacia das ligas espanhola e inglesa

Consideradas duas das maiores ligas do mundo, a BBVA e a Premier League tem como tradição ter vários dos principais astros do futebol mundial. E isso se evidencia ao ter 10 jogadores que atuam na Espanha e 8 que atuam na Inglaterra. Além disso, outros dois jogadores, Zlatan Ibrahimovic e Paul Pogba que atuavam no PSG e Juventus, respectivamente, se transferiram para terra da rainha na temporada 2016/2017.

Outros dois nomes vem da Alemanha, mais especificamente do campeão alemão, Bayer de Munique e o último nome é o goleiro Gianluigi Buffon, da Juventus.

Importância ou não das seleções na escolha

Um assunto que sempre entra em evidência, principalmente quando se tem Copa do Mundo, Eurocopa e Copa América, é a importância de fazer um campeonato de destaque com a sua seleção.

Mas o que se observa é que essa já não é uma certeza. Exemplo disso é a brava seleção portuguesa, que conquistou o título da Eurocopa, com vários jogadores se destacando, mas teve apenas a sua estrela Cristiano Ronaldo como indicado ao prêmio.

A vice-campeã França, colocou quatro nomes entre os indicados, porém, os quatro vieram de uma temporada muito boa pelo seus clubes, mas nenhum chegou a brilhar na competição.

Na Copa América, mais uma comprovação de que desempenho na seleção não é determinante para a indicação. O único brasileiro na lista, Neymar, nem jogou a competição, já que a CBF optou por tê-lo nas Olimpíadas. Messi e Luis Suárez, que formam o trio MSN do Barcelona, tiveram atuações discretas por suas seleções.

As exceções ficam por conta de Gareth Bale, que levou o País de Gales às semi-finais da Eurocopa e Alexis Sanchez, que comandou o Chile na conquista da Copa América.

Frutos do incrível ano do Leicester City

Campeão inglês pela primeira vez, a indicação para o prêmio The Best apenas fez justiça para 3 jogadores que antes eram desconhecidos, e no Leicester se tornaram astros, ao fazerem uma temporada dos sonhos.

Riyad Mahrez (Algéria) – Único nome africano entre os 23 melhores do mundo, Mahrez foi considerado o melhor jogador da Premier League e se mostrou um jogador de alto nível. Somou na última temporada vários gols e assistências, o que o elevou a um dos jogadores mais cobiçados na última janela de transferências.

Jamie Vardy (Inglaterra) – Com uma história de vida muito bonita, Vardy tem vivido um momento meteórico em sua carreira. Ele que há 5 anos atrás dividia seu tempo entre jogador e operário, foi o vice-artilheiro da competição e ganhou oportunidades na seleção inglesa.

N’Golo Kanté (França) – Um volante de marcação, que foi um dos pilares defensivos do Leicester City, o que o tornou titular na seleção francesa e o valorizou. Na última janela se transferiu para o Chelsea (Ing).

Ter nome também ajuda

Ao mesmo tempo que jogadores antes desconhecidos chegam próximos da glória, outros conseguem ganhar fama e notoriedade e por isso sempre são lembrados. Exemplos disso são Paul Pogba, que fez uma temporada mediana pela Juventus e De Bruyne, que não conseguiu uma boa sequência no Manchester City.

Outros destaques

Dimitri Payet (França) – Apesar do West Ham não ter conseguido uma vaga para Champions League, brigou boa parte da temporada por ela. E um dos maiores responsáveis por isso foi Payet, que comandou a equipe e se tornou titular na seleção francesa.

Antoine Griezmann (França) – Destruiu pelo Atlético de Madrid, com uma temporada incrível, mas tem contra si uma sequência de vices campeonatos conquistados tanto pelo Atlético, como pela França.

Premiação para atacantes?

Dos 23 nomes, 15 são atacantes de ofício ou meia-atacantes. As exceções são os goleiros Buffon e Neuer, o zagueiro Sérgio Ramos, os primeiros volantes Kanté e Modric e os segundos volantes Kroos, Pogba e Iniesta.

23 indicados

Bale, Cristiano Ronaldo, Kroos, Modric e Sergio Ramos (Real Madrid); Iniesta, Messi, Suárez e Neymar (Barcelona); Mahrez e Vardy (Leicester City); Neuer e Lewandowski (Bayern de Munique); Agüero e De Bruyne (Manchester City); Ibrahimovic e Pogba (Manchester United); Özil e Sánchez (Arsenal); Griezmann (Atlético de Madrid); Kanté (Chelsea); Buffon (Juventus); e Payet (West Ham).

Prêmio

Cristiano Ronaldo e Lionel Messi parecem ser os favoritos, mas a disputa pelo 3 º lugar deve ser quente. O fato da abertura para os torcedores pode significar algumas surpresas entre os 3 indicados.

Por Gustavo Pereira