Se liga no futebol, Bandeira!

bandeira.jpg

O atual presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, ocupa o cargo desde 2013, quando foi eleito no dia 3 de dezembro de 2012, com 1.414 votos (triênio 2013-2015). Depois disso, voltou a vencer as eleições em dezembro de 2015 (triênio 2016-2018) e seguirá como presidente do Clube de Regatas do Flamengo até dezembro de 2018.

Formado em administração, o presidente vem se destacando desde o início de sua gestão por sua forma exemplar de  gerenciamento das finanças rubro-negras, sendo considerado um modelo de gestão a ser seguido no Brasil. Em menos de 5 anos, Bandeira e sua equipe conseguiram reduzir uma dívida de cerca de 750 milhões de reais para 360 milhões em 2017.

Entretanto um clube de futebol não se faz apenas de gestão financeira, mas também de resultados. E é exatamente nesse ponto que está o calcanhar de aquiles da atual gestão, que soma apenas a conquista de uma Copa do Brasil em 2013 e dois campeonatos carioca, em 2014 e 2017.

No início de seu primeiro mandato (2013-2015), Eduardo Bandeira de Mello pediu compreensão aos milhões de torcedores rubro-negros pois seu objetivo era arrumar a casa e depois de alguns anos voltar a brigar nas cabeças dos principais campeonatos.

Mas estamos em 2017, e com o pouco retorno dentro de campo, atrelado a falta de títulos e a uma equipe estrelada e cara mas que parece não jogar por amor à camisa rubro-negra e nem mesmo tem conseguido bons resultados, o exemplo de gestão financeira não é mais suficiente para tornar Bandeira unanimidade.

Além de não ganhar títulos, o Flamengo também soma diversos vexames, como por exemplo a eliminação para o Palestino (CHI) ano passado na Sul-Americana e a queda ainda na fase de grupos da Libertadores 2017 quando o Flamengo parecia ser um dos favoritos até mesmo a levantar a taça de campeão do torneio.

Outro motivo que vem fazendo a equipe de Bandeira perder força no Flamengo é a dificuldade de lidar com situações adversas e em muitas situações achar que tudo pode ser resolver com uma boa gestão financeira.

Motivos que fazem Bandeira e sua equipe perder popularidade

O primeiro deles, já citado anteriormente, é a falta de títulos e de uma equipe com o DNA do Flamengo de raça e amor ao clube.

-Protegidos de Bandeira: Em diversas situações o presidente saiu em defesa de jogadores muito contestados no atual elenco. Até aí tudo bem, já que faz parte o presidente defender seus atletas.

Entretanto essa defesa vai além, com Bandeira utilizando o termo “protegidos” para se referir a nomes como Alex Muralha, Márcio Araújo e Gabriel, irritando ainda mais os torcedores, que parecem já não suportar mais tais nomes na Gávea. E para piorar, quase que como birra, o presidente faz questão de renovar os contratos desses jogadores.

-Brigas com a imprensa: Dentre diversas atitudes que afastam o Clube de Regatas do Flamengo dos veículos de jornalismo esportivo, destaca-se a proibição do jornalista Daniel Dantas, do Jornal Extra, de fazer perguntas nas coletivas de imprensa, em represália a uma publicação do jornal que fazia uma brincadeira chamando Alex Muralha apenas por Alex Roberto, seu nome e sobrenome. Após se criar esse mal-estar, o vice- presidente de comunicação e humorista Antônio Tabet foi cortado da lista de colunistas do jornal Globo, gerando ainda mais rasura na relação Flamengo e Imprensa

-Problemas com a CBF: Que a Confederação Brasileira de Futebol é cheia de assuntos mal explicados, todo mundo sabe. Mas a atual gestão do Flamengo conseguiu arrumar um jeito de prejudicar o órgão máximo a nível nacional, o que ainda pode causar efeitos negativos para o Flamengo.

Todo o problema começa com a inscrição de Vinícius Jr. no mundial sub-17, inclusive com documentação paga pela CBF, e convocação do jovem talento rubro-negro. Entretanto, o Flamengo após perder a Copa do Brasil nos pênaltis, disse que tinha avisado à CBF que vencer o campeonato era a condição para liberar o menino. O que gerou um grande mal- estar entre clube e CBF, já que a Confederação tinha tido gastos com o jogador e como o anuncio foi feito em cima da hora, não era viável convocar outro no seu lugar.

O caso repercutiu, e fala-se até que a “desconvocação” do meia Diego teria relação direta com a represália feita pela CBF. Se for verdade, o clube ainda tem muito o que perder, por uma irresponsabilidade sem tamanho da gestão Bandeira.

-Falta de futebol: Como último e talvez mais visível motivo que a gestão Bandeira tem criticada é pelas muitas contratações e pouco resultado desses jogadores. Nomes badalados, como Geuvânio, Rômulo e Conca por exemplo, pouco jogaram na temporada e ostentam elevados salários. Além deles o clube investiu em nomes como Diego Alves, Rodolpho e Éverton Ribeiro ainda não conseguiram justificar suas contratações, o que pressiona ainda mais o presidente e sua equipe.

Por Gustavo Pereira

Deixe um comentário